O que você precisa saber sobre o procedimento
1. Idade: Não existe uma idade ideal, mas sim, uma oportunidade ideal que é determinada pela necessidade de corrigir o defeito apresentado.
2. Período de internação: É variável de paciente para paciente, mas em média de 6 horas (com anestesia local). Em caso de ser necessário anestesia geral (o que é raro), este prazo pode alongar-se um pouco mais.
3. Tipo de anestesia: Pode ser local, ou local com sedação. Anestesia geral: utilizada apenas quando há contraindicação clínica para anestesia local, ou quando a blefaroplastia será feita associada a outras cirurgias.
4. Te mpo de cirurgia: normalmente, em torno de 2 horas, todavia este tempo pode ser maior ou menor, variando em função do(a) paciente e dos detalhes a serem corrigidos em cada caso.
5. Dor: não é esperada. O mais comum é um desconforto local (sensação de estar usando óculos de natação apertado). Prurido (coceira) no local pode ocorrer até 3 dias. Ocorrendo dor, será abolida com o uso de analgésicos comuns, que seu médico lhe indicará. Não se automedique.
6. Oclusão ocular: não é necessário que os olhos fiquem ocluídos após a cirurgia, embora alguns médicos assim o prefiram. Todavia, é recomendável o uso de compressas frias (quase gelada), com água filtrada, soro fisiológico ou chá de camomila. Usar continuamente nas primeiras 5 horas após a cirurgia. Depois, fazer compressas com duração de 30 minutos, a cada 2 horas, durante o dia, por 3 dias consecutivos. Este procedimento é para evitar que o edema se acentue. Durante o sono, não é necessária a troca de compressas.
7. Edema (inchaço) é comum, e varia de paciente para paciente, sendo mais acentuado nos três primeiros dias, especialmente pela manhã, podendo ter dificuldade para abrir os olhos. Do 5º ao 8º dia já evolui para uma aparência mais natural. Em alguns casos, após o 3º mês pode ainda subsistir um edema residual discreto.
8. Manchas roxas: são comuns numa Blefaroplastia e se devem à infiltração de sangue na pele subjacente, podendo se espalhar também pela conjuntiva ocular. Isto resulta do trauma cirúrgico, não se constituindo em problema, nem sendo considerada uma complicação, mas uma mera intercorrência transitória e, portanto, reversível, não comprometendo a visão e desaparecendo, em média, 20 dias depois. Hematoma simples ou retrobulbar (atrás do globo ocular) pode ocorrer em pacientes com hipertensão descontrolada ou com distúrbios de coagulação podendo evoluir com perda da visão.
9. Cicatrizes: sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a se confundir com os sulcos da pele, o que se dará após o período de maturação que é, em média, de 3 meses.
10.Mília: são pequenas “bolinhas” brancas, gordurosas, que costumam surgir próximas às cicatrizes. Serão suavemente retiradas, quando de suas visitas ao médico, e sem necessitar de anestesia.
11.Lacrimejamento: é normal que ocorra nos primeiros dias de pós-operatório.
12.Visão embaçada: pode ocorrer, e se deve tão somente à pomada aplicada, à noite, nos olhos.
13.Infecção: em pacientes imunodeprimidos ou diabéticos descompensado. 14.Necrose (morte) tecidual: pacientes fumantes inveterados.
15.Quemose: Inchaço temporário da membrana conjuntiva que recobre o olho.
16.Retração ou afastamento da margem palpebral inferior para baixo ou para fora do globo ocular decorrente de hematoma ou excesso de remoção cutânea.
17.Alteração temporária ou raramente definitiva para menos ou para mais do grau de refração devido a correção da posição e flacidez palpebral.
18.Diminuição transitória da lubrificação ocular, podendo ocorrer ceratite (inflamação) ou excepcionalmente úlcera de córnea devido a má oclusão palpebral e lubrificação ocular deficiente.
19.Resultado final: o resultado definitivo só será efetivamente observado após o 6º mês, quando o(a) paciente será submetido(a) a novos exames e novas fotos para análise comparativa do resultado.
20.Qualquer sintoma diferente dos acima citados deverá ser imediatamente comunicado a seu médico.
Informação importante: em casos raros poderá ser indicada uma revisão ou complementação de resultado, também denominada retoque ou refinamento. Isto ocorrerá caso seja necessário acomodar a pele da pálpebra superior ou retirar resíduos da bolsa gordurosa da pálpebra inferior. Mais raramente poderá ser indicada uma intervenção para elevar a pálpebra inferior. Todavia, estes serão procedimentos menores que a cirurgia realizada anteriormente e, caso se façam necessários, o(a) paciente deverá marcar com seu médico qual a época mais conveniente para a sua realização.
Cirurgia Plástica das Pálpebras
Pré e pós operatório